Luanda - A administradora municipal de Icolo e Bengo, Isabel Kudiqueba Nicolau dos Santos, é suspeita de incorrer em práticas de improbidade pública, corrupção ativa de funcionário e abuso de confiança. A responsável teria orientado gestores cujas unidades são orçamentadas a depositarem dois milhões de Kwanzas mensalmente na conta bancária da empresa J.L.L.M. Prestação de Serviços Lda (Conta: 27265736301/ IBAN: A006.0006.0000.27/26.5736.3017.6), domiciliada no banco BFA, sem que a empresa prestasse qualquer serviço que justificasse a alocação dos montantes.

Fonte: Club-k.net

De acordo com fontes do Club-K, os centros de saúde e o hospital de referência do Icolo e Bengo programam na execução financeira mensal dois milhões de Kwanzas para a administradora municipal Isabel Kudiqueba Nicolau dos Santos suprir as suas necessidades, sob a fachada de pagamento de fornecimento de medicamentos, visando desviar a atenção dos órgãos fiscalizadores.


Após os valores refletirem na conta bancária, são levantados por uma "testa de ferro" de Isabel Kudiqueba Nicolau dos Santos, identificada como Jamila Mateus Mazuze, que entrega os valores em mãos à responsável.

A diretora municipal da saúde, Isabel Paim, é apontada como cúmplice no esquema. Seria ela a responsável por pressionar os diretores dos centros de saúde para que incluam a empresa fantasma da administradora nas ordens de pagamento, disfarçando o desvio de recursos como compras de medicamentos.


Como consequência do esquema, os Centros de saúde da Cassoneca, da Caxicani, Bom Jesus e o Centro de saúde do Zango 8000 enfrentam sérias dificuldades. Estas unidades sofrem com a escassez de materiais de consumo essenciais, como luvas, compressas e seringas. Além disso, medicamentos antimaláricos estão em falta nas principais unidades sanitárias de Icolo e Bengo.

 

Documentos em posse do Club K atestam pagamentos feitos à referida empresa.